terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Sobre Comer, Rezar, Amar

Em meados de novembro passado, comecei a ler Comer, Rezar, Amar.
Como leitora, confesso envergonhada, que somente procurei o livro após ver o filme (há bastante tempo, por sinal), e o iniciei de forma despretensiosa.
Logo no primeiro capítulo, percebi que seria uma leitura diferente, não daqueles livros de mais de 400 páginas que devoro em algumas noites, sem chegar a uma semana.

Elizabeth Gilbert nos convida a viajar com ela durante um ano da sua vida, em sua busca pessoal sobre prazer, Deus e amor. Sua busca por si mesma.
A cada página, cada conta da japa mala, ela me convida a participar da sua busca.
Ainda bem que não me deixei levar pelas críticas negativas sobre o livro, sobre ser "sem pé nem cabeça, não ter uma história ou um final". Quanta ignorância!

Se você é uma pessoa apegada, não tem coragem de deixar o que lhe é familiar e confortável e embarcar em busca da verdade e de si mesmo, esse livro realmente o incomodará.
Mas se é daquelas pessoas que não se importam em pensar diferente da maioria, não se leva pelo senso-comum e nem tem a mínima vontade de seguir os padrões, nem seguir o que a sociedade julga "correto e de acordo com sua idade e andamento da vida", esse livro é para você!! Pura inspiração!!

Ao acompanhar seu difícil divórcio, desapego emocional e egoísmo, vejo um pouco de mim mesma. Não nas mesmas situações, mas na inquietação, na vontade de ser tudo aquilo que se é de verdade, na busca pela realização pessoal. Buscar Deus, se aproximar de Deus, ser Deus.
Encontrar Deus é se encontrar. O equilíbrio está na inconstância do mundo. A felicidade nada mais é do que um caminho.

Em cada história que ela nos traz, eu parava e pensava nas implicações em minha própria vida. Na minha busca pessoal. Acabei levando muito mais tempo nessa leitura do que jamais demorei em qualquer outro. 
Não passei 4 meses na Itália, Índia nem na Indonésia, mas a minha própria viagem através do livro demorou o tempo que precisei.

E não, o livro não tem um final. Seu final é apenas o começo de uma nova vida.

Sentirei saudades, Liz... Até o próximo livro - Comprometida