quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Retrato

Às vezes mimada, infantil, boba. Romântica. Determinada e sonhadora.
Sou alegre, às vezes triste. Tenho meus momentos de raiva e de solidão.
Torcedora do maior de Minas, meu Cruzeiro!
Às vezes madura para minha idade, às vezes imatura para minha idade. Dedicada, estudiosa, preguiçosa. 
Paixão por chocolate, loucura por sorvete!
Tenho uma vontade incontida dentro de mim. Busco espaço para o que sinto.
Tenho o coração livre, mesmo amando tanto.
Há dias em que durmo chorando, mas assim como depois da meia-noite a tendência é clarear, trago o sorriso junto do amanhecer.
Por muito tempo busquei a felicidade, até entender que a felicidade está no caminho.
Tenho saudades da minha infância. De minhas avós. 
Saudade da sopa da minha vovó.
Aprendi a ver a beleza do simples e a reconhecer o poder de cura de um abraço.
Ao longo do caminho perdi pedaços de mim, e ganhei pedaços de outras pessoas. 
Ao remendar tantas experiências, junto com tantos momentos especiais,  outros tantos de sofrimento, ficou claro para mim que não somos apenas humanos. Somos uma alma, única, com várias faces. Somos muitos em um só...
E eu não sou diferente.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Tira de mim

Tira de mim todo esse amor que criou raízes tão profundas no meu coração. 
Me faz esquecer seu sorriso enigmático, seu olhar tão transparente. Todas as intermináveis horas, dias e semanas frias sem sua presença, os breves minutos ao seu lado e toda nossa sintonia desde o primeiro momento.
Apaga da minha memória o seu cheiro, a perfeita sensação de sentir seus braços em volta da minha cintura, quando fecho os olhos.
Apaga também todas as confissões feitas, os segredos compartilhados, e a promessa de sempre estar por perto, de cuidar de mim e me dar todo amor que há em você.
 Não me deixe mais lembrar de todas as noites não dormidas, das incontáveis lágrimas que derramei por mim, por nós. Por você.
Dos dias de espera, das estranhas conversas ao telefone, do prazer indizível do nosso pleno encontro. Da dor da ausência repentina....
Leve com você também a doce recordação do reencontro, da emoção tão contida por longos meses. Guarde também todo nosso anseio, toda nossa vontade e toda nossa saudade do que ainda não vivemos.
O dia que sentir o peso de tudo isso, regressará a mim, e perceberá que nosso encontro foi predestinado.