segunda-feira, 28 de julho de 2014

Faz tempo que as palavras habitam em mim, ora com vontade de sair, ora retraídas...
Chega um momento que já não cabem mais em mim, precisam de espaço! Eu não as ouço, logo elas me apertam o coração e tornam minha respiração difícil.

Quero gritá-las, mas não há quem as ouça.
Preciso expulsá-las! Mas como?
A cada dia, a cada noite. Me sufoca viver uma vida que não é minha, que não quero viver.
Quero criar asas, preciso voar!
Quero ser tudo aquilo que posso ser, apenas não sei como.
Só sei que preciso mudar. Dar voz a essas palavras que nada mais são que meus sentimentos.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Sobre Comer, Rezar, Amar

Em meados de novembro passado, comecei a ler Comer, Rezar, Amar.
Como leitora, confesso envergonhada, que somente procurei o livro após ver o filme (há bastante tempo, por sinal), e o iniciei de forma despretensiosa.
Logo no primeiro capítulo, percebi que seria uma leitura diferente, não daqueles livros de mais de 400 páginas que devoro em algumas noites, sem chegar a uma semana.

Elizabeth Gilbert nos convida a viajar com ela durante um ano da sua vida, em sua busca pessoal sobre prazer, Deus e amor. Sua busca por si mesma.
A cada página, cada conta da japa mala, ela me convida a participar da sua busca.
Ainda bem que não me deixei levar pelas críticas negativas sobre o livro, sobre ser "sem pé nem cabeça, não ter uma história ou um final". Quanta ignorância!

Se você é uma pessoa apegada, não tem coragem de deixar o que lhe é familiar e confortável e embarcar em busca da verdade e de si mesmo, esse livro realmente o incomodará.
Mas se é daquelas pessoas que não se importam em pensar diferente da maioria, não se leva pelo senso-comum e nem tem a mínima vontade de seguir os padrões, nem seguir o que a sociedade julga "correto e de acordo com sua idade e andamento da vida", esse livro é para você!! Pura inspiração!!

Ao acompanhar seu difícil divórcio, desapego emocional e egoísmo, vejo um pouco de mim mesma. Não nas mesmas situações, mas na inquietação, na vontade de ser tudo aquilo que se é de verdade, na busca pela realização pessoal. Buscar Deus, se aproximar de Deus, ser Deus.
Encontrar Deus é se encontrar. O equilíbrio está na inconstância do mundo. A felicidade nada mais é do que um caminho.

Em cada história que ela nos traz, eu parava e pensava nas implicações em minha própria vida. Na minha busca pessoal. Acabei levando muito mais tempo nessa leitura do que jamais demorei em qualquer outro. 
Não passei 4 meses na Itália, Índia nem na Indonésia, mas a minha própria viagem através do livro demorou o tempo que precisei.

E não, o livro não tem um final. Seu final é apenas o começo de uma nova vida.

Sentirei saudades, Liz... Até o próximo livro - Comprometida